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"Sentou-se alarmada e então viu Rebeca na cadeira de balanço, chupando o dedo e com os olhos fosforescentes como os de um gato na escuridão. (...) Era a peste da insônia."
Princesa destronada do seu reino de fantasia, onde as cores eram mais fortes e os cheiros mais vivos. De repente, se viu longe de tudo aquilo que lhe era familiar e experimentou um desespero profundo. Foi quando, com o sol na cara e olheiras profundas, começou a enxergar novos caminhos.
Sem outra opção, foi obrigada a construir um novo reino nas nuvens e a se refugir no vazio das noites. Flutua numa realidade escorregadia e se prende como pode à firmeza das palavras. São as palavras que a mantêm afastada de seu maior medo, que é cair no abismo do esquecimento, abandonando tudo o que foi e tudo o que sonha em ser.
Desse medo de se esquecer nascem esses textos oscilantes, de qualidade literária duvidosa, mas sempre temperados com sentimentos. A princesa sem reino escreve para não esquecer de ser.
1 comment:
Disciplina. Essa é uma delas.
A outra é não esperar sentar na frente do micro pra ter as idéias.
Um caderninho e um lápis do seu lado o tempo todo faz a maior diferença.
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