Não aguentava aquela conversa de novo.
Queria se mostrar entediado para ela.
Forçou um suspiro, que lhe saiu como um soluço.
Com os olhos cerrados, se pensou diferente.
Mas estava errado: todos os solitários são iguais.
"Sentou-se alarmada e então viu Rebeca na cadeira de balanço, chupando o dedo e com os olhos fosforescentes como os de um gato na escuridão. (...) Era a peste da insônia."
A princesa.
O reino
Princesa destronada do seu reino de fantasia, onde as cores eram mais fortes e os cheiros mais vivos. De repente, se viu longe de tudo aquilo que lhe era familiar e experimentou um desespero profundo. Foi quando, com o sol na cara e olheiras profundas, começou a enxergar novos caminhos.
Sem outra opção, foi obrigada a construir um novo reino nas nuvens e a se refugir no vazio das noites. Flutua numa realidade escorregadia e se prende como pode à firmeza das palavras. São as palavras que a mantêm afastada de seu maior medo, que é cair no abismo do esquecimento, abandonando tudo o que foi e tudo o que sonha em ser.
Desse medo de se esquecer nascem esses textos oscilantes, de qualidade literária duvidosa, mas sempre temperados com sentimentos. A princesa sem reino escreve para não esquecer de ser.
Súditos
3 comments:
Féchou.
Sentindo falta dos posts antigos. Sei lá. Confusão... Confusão...
;*
todos os solitários tem medo de o ser assim, provavelmente...
deve ser um tanto complicado não ter com quem desabafar, rir, ou até mesmo brigar.
to seriamente pensando em voltar com um blog... sinto falta de escrever, esse ano de vestibular me tirou minhas horas vagas.
to voltando a minha vida normal agora uhauhauahua. fiquei na unicap mesmo!
todos os solitários são iguais, e o que eles mais querem é a diferença. A diferença, não a indiferença.
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