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"Sentou-se alarmada e então viu Rebeca na cadeira de balanço, chupando o dedo e com os olhos fosforescentes como os de um gato na escuridão. (...) Era a peste da insônia."
Princesa destronada do seu reino de fantasia, onde as cores eram mais fortes e os cheiros mais vivos. De repente, se viu longe de tudo aquilo que lhe era familiar e experimentou um desespero profundo. Foi quando, com o sol na cara e olheiras profundas, começou a enxergar novos caminhos.
Sem outra opção, foi obrigada a construir um novo reino nas nuvens e a se refugir no vazio das noites. Flutua numa realidade escorregadia e se prende como pode à firmeza das palavras. São as palavras que a mantêm afastada de seu maior medo, que é cair no abismo do esquecimento, abandonando tudo o que foi e tudo o que sonha em ser.
Desse medo de se esquecer nascem esses textos oscilantes, de qualidade literária duvidosa, mas sempre temperados com sentimentos. A princesa sem reino escreve para não esquecer de ser.
3 comments:
nunca? a vida é tão longa... e espero cheia de poesia pra Izabel.
...não se preocupe ... quando você começar a escrever, não vai ser culpa sua.
--saff
a minha poesia vem da minha alma, então não o que falta ou deixa de faltar, mas elas são tão intimas que prefiro as deixar escritas e bem guardadas, como aquelas lembranças que vc gosta de lembrar e rir sozinha, sabe?!
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