Eu nunca aprendi a abrir mão, sempre me vesti com ares de super-mulher (super-menina, mostly of times) e fiz do meu tempo interminável. Se a falta de fome não me deixa comer agora, quero guardar para depois. De paixões a trabalhos, é assim. O que não cabe agora, será requentado.
Querer tudo ao mesmo tempo me pintou com tintas de teimosia e esperanças, mas também riscou minha rotina com giz de cera de frustrações. E ah! Com essas também não sei lidar. Sou dada a imaginar, a fantasiar situações com cara de comédia romântica e tirar minhas espectativas de manuais de instruções inexistentes.
Em um nem tão belo dia assim, nada acontece. Eu não aconteço. Nesses dias, rio de mim, invento razões ocultas e distantes, me desespero e rio um pouco mais. Arrasto tudo o que posso para dentro do não-acontecido e faço dele um acontecido por si só, com ares de irrealidade e gosto de sonho. Não sei mais diferenciar emoções reais das criadas para me distrair.
Hoje estou tentando achar que a semana que vem não vai mudar a minha vida e que, sim, obrigada, vou dar conta de tudo. Inclusive de mim. Sem guardar nada na geladeira.
ando tão à flor da pele
que qualquer beijo de novela me faz chorar
ando tão à flor da pele
que teu olhar na janela me faz morrer
ando tão à flor da pele
que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
1 comment:
o pior é quando se guarda pra depois e esse tal depois não acontece como pensariamos que aocnteceria ;/ complica tudo e vem mais frustrações na nossa já doida vida (:
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